Minha opinião sobre a série? Um elenco novo de primeira, enquanto os medalhões ficam em segundo plano, mas mandam superbem. A obra preza pela realidade nua e crua, sem romantizar o crime. É violenta, mas sabemos, cá pra nós, a realidade é muito pior. O destaque vai para a fotografia impecável, que contrasta a beleza do Rio com a brutalidade das favelas, a riqueza com a pobreza, o luxo das coberturas com o cheiro de pólvora das vielas.
A nova produção da Netflix, dirigida por Heitor Dhalia, mergulha fundo no universo do jogo do bichp. E faz isso com impressionante rigor jornalístico. O diretor realizou uma extensa pesquisa com entrevistas de pessoas do meio, conversas com policiais, leitura de notícias e literatura especializada. O resultado é uma ficção que respira realidade. Dhalia define bem: “É ficção, mas com um grau de verossimilhança bastante alto.” E isso se sente em cada cena. As famílias de bicheiros, as disputas de sucessão, as alianças e traições, tudo ecoa a história verdadeira da contravenção no Rio: desde Castor de Andrade até os novos chefes do crime, que hoje se adaptam ao mundo das bets e jogos online.

A série não se contenta em apenas narrar crimes: ela expõe o sistema de poder que os sustenta. Mostra como as famílias do bicho se misturam com políticos, policiais e até o Carnaval carioca, reproduzindo a rede de influência que moldou boa parte da cultura e da economia do Rio. Dhalia chama o gênero de “máfia tropical”, e não é exagero, é Brasil em estado bruto, com música, festa, sangue e ambição.
Os Donos do Jogo está disponível na Netflix, desde o dia 29 de outubro.Tem no elenco, destaques como: André Lamoglia, Xamã, Giullia Buscaccio, Mel Maia, Juliana Paes, Chico Diaz, entre muitos outros.
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