Entrevista exclusiva com Deborah Colker
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- Criado em Quarta, 28 Março 2018 01:46
Madalena Sá. O que difere Cão sem Plumas dos outros trabalhos?
Deborah Colker. Cão sem Plumas parte de um poema de João Cabral de Melo Neto e é um poema muito geográfico. A localização desse rio, desse lugar é muito importante nesse poema.
E eu percebi que seria importante para adaptar de uma maneira honesta, fiel e também poder transcender esse olhar, trazer o cinema e a própria poesia para esse espetáculo. Então é um espetáculo q tem quatro linguagens nesse palco; dança cinema poesia e a música.

MS. Como foi a escolha desse novo trabalho?
DC. Foi durante um engarrafamento carioca que chorei pela primeira vez - o que seria apenas uma distração contra o tédio, a leitura do poema O Cão Sem Plumas, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), me provocou uma verdadeira comoção, foi como um soco no estômago, e tive a certeza que esse poema fala o que eu estava precisando dizer agora. Nos anos 80, eu conheci esse poema e ainda jovem escutei que o sangue de um homem é mais espesso que sonho de um homem.
Era 2014 e me preparava para estrear o espetáculo Belle, mas foi ali que decidi qual seria meu próximo trabalho. O que eu não sabia é que aquele longo poema no qual, com uma linguagem depurada, o poeta humaniza um dos símbolos do Recife, o rio Capibaribe, transformaria minha vida e carreira.
Cão Sem Plumas (note a omissão do artigo O), meu 13.º trabalho, estreou na capital pernambucana no início de junho/2017. Por onde passa, causa comoção. “João Cabral reforçou minha visão de brasilidade”.
Escolhi 4 linguagens presentes nesse espetáculo, a dança o cine a poesia e a música. Construímos um corpo e um vocabulários de movimentos que construiu um homem caranguejo, que ao mesmo tempo é mastigado, saqueado, roubado, que roubam dele até o que ele não tem. Mas esse mesmo homem é teimoso, resistente e guerreiro. Essa terra seca e craquelada é a pele dele. Esse rio e essas aguas carregam as histórias desses ribeirinhos e desses lugares, tão trágicos e tão exuberantes.
MS. Quais são os projetos para a Companhia?
DC. Temos Cão sem Plumas nacionalmente e internacionalmente, estamos também refazendo o Nó, e na verdade é um espetáculo que estreou em 2005, que fala de desejo. Foi a grande mudança dramatúrgica que começou a acontecer para mim, como diretora e coreógrafa da companhia, e este espetáculo tinha dois atos, o primeiro eram as cordas, e o segundo era a grande caixa transparente, uma grande vitrine e eu resolvi me dedicar só a esse primeiro ato, aumentei, modifiquei, e estou mergulhada nisso, junto com CSP, um espetáculo muito intenso muito profundo que também mergulha na condição humana.

MS. Qual o conselho para quem deseja ser um bailarino?
DC. Saber o que quer dançar e entender que conhecer seu próprio corpo, dominar seu próprio corpo e que a técnica é fundamental para sua liberdade criativa. Você com uma condição técnica completa, isso é, com domínio contemporâneo, com o domínio da técnica clássica, que estuda e conhece tão bem o corpo, te dá uma instrumentação para você, possivelmente, fazer o que quiser.
MS. O que muda quando dirige um espetáculo para o Cirque du Soleil e um outro para a sua Companhia?
DC. São duas estruturas diferentes, perspectivas diferentes, tamanhos diferentes, condição financeira diferente. O Cirque du Soleil é uma companhia de circo, e ele parte do circo para dialogar com outras linguagens e outras tecnologias. A minha companhia é uma cia de dança, que parte da dança para dialogar com outras ideias com outras tecnologias.
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Companhia de Dança Deborah Colker traz Cão Sem Plumas
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- Criado em Quarta, 28 Março 2018 01:42
Texto publIicado na última edição do Olho Vivo, caderno que assino no Cinform.
Deborah Cooker consegue se superar e surpreender a cada espetáculo que assina. Cinema, dança, música e poesia se misturam em Cão Sem Plumas, aclamadíssimo pelo público.

O Maior e Melhor Forró Open Bar de Sergipe
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- Criado em Quarta, 21 Março 2018 22:30
Acontece no dia 24 de março, no Miami Hall, a partir das 20 horas. São muitas as novidades para essa edição.
O primeiro grande forró do ano e, sem chances de errar, o maior, já faz parte do calendário anual dos festejos juninos do Estado. Nessa edição, serão três espaços para o forrozeiro nenhum botar defeito. Camarote (com cerveja à vontade), Lounge Premium (bebidas especiais inclusas, vodka, uísque, frozen, cerveja, refrigerantes e água) e Área Vip. Todos os lugares darão acesso ao grande palco central 360 graus, com a mesma visibilidade, qualidade e megaestrutura.
Cinco atrações de peso garantem as dez horas animação: Márcia Felippe, Jonas Esticado, Luan Estilizado, Saia Rodada e Cavaleiros do Forró - que volta para a formação original e faz a primeira apresentação relembrando os velhos tempos. Pensa que parou por aí? Nos intervalos tem Gil Mendes em show exclusivo para a galera do Lounge Premium; no Camarote rola um forrózinho das antigas com Dedé Brasil e Geane Lins e toda a sofrência de Alanzinho Playboy na Área Vip.
Se liguem nos pontos de venda e garanta seu ingresso no segundo lote: Inquérito (Shopping Jardins), Clube Melissa (Shopping RioMar), Kcell (Centro e Shopping Prêmio) Auto Peças Macedo (Siqueira Campos e Avenida Hermes Fontes) e A Casa Verde (13 de Julho). A realização é da Teo Santana Produção e Eventos.
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Valadares Filho: união para reverter o fechamento da Fafen
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- Criado em Quarta, 21 Março 2018 22:16
O deputado Valadares Filho (PSB-SE), em pronunciamento no último dia 20, na tribuna da Câmara, registrou preocupação em relação ao fechamento da Fábrica de Fertilizantes e Nitrogenados - Fafen -, instalada em Laranjeiras.
"Se concretizada essa ameaça, serão centenas de desempregados a mais, em um momento em o desemprego no Estado de Sergipe já é acima do tolerável”, rssaltou o deputado.
Segundo Valadares Filho, a decisão da Petrobrás não faz sentido, é incoerente, a demanda de fertilizantes no mercado brasileiro é maior que produção. "O consumo de fertilizantes no Brasil, entre 2003 e 2012 cresceu de 22,8 milhões de toneladas para 29,6 milhões, ou seja, cerca de 30% de aumento. Diante desses dados, entendo que se a fábrica está registrando prejuízos é preciso melhorar a gestão. E não encerrar as atividades”.
O deputado defende que o momento exige a união de todas as forças políticas de Sergipe. “O trabalho de articulação no Congresso Nacional já começou. Teremos uma reunião com a bancada federal (oito deputados e três senadores) e o governador Jackson Barreto”. Os parlamentares tentam agendar um encontro com o presidente Michel Temer a fim mostrar os prejuízos com o fechamento da Fafen Laranjeiras.

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Valadares Filho pede urgência para tramitação de MP que beneficia municípios
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- Criado em Sexta, 16 Março 2018 19:18
O deputado Valadares Filho (PSB-SE), em pronunciamento no último 15, fez um apelo para que o Congresso Nacional examine e vote o quanto antes a Medida Provisória nº 815, de 2017. A MP autoriza a União transferir aos munipícios que recebem o Fundo de Participação dos Municípios recursos da ordem de R$2 bilhões, como apoio financeiro para cobrir a perda de receita.
O deputado afirma que a crise financeira dos munícipios agrava-se a cada dia. O déficit é consequência dos pisos salariais profissionais, como do magistério; e a municipalização de políticas públicas, onde os custos arcados pelas prefeituras não foram suficientemente cobertos por transferências voluntárias da União. A perda de receita dos municípios corresponde a R$4 bilhões, somente no ano passado.
"Mesmo sabendo que a aprovação dessa medida não traz uma solução definitiva para os problemas financeiros, é importante que ela seja aprovada. Auxiliará a superar as dificuldades emergenciais”, destacou o deputado, que defende que o Congresso Nacional aprove não apenas os R$2 bilhões previstos, mas o valor de R$ 4 bilhões. "Já pensemos em algum mecanismo de compensação para 2018, pois essa perda é de 2017”.

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Bia Pontes e Felipe Queiroz: um sonhado sim
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- Criado em Quinta, 15 Março 2018 19:33


