Valadares Filho: ações na presidência da Cindra

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Na semana passada, o deputado federal Valadares Filho assumiu a presidência de uma das mais importantes comissões da Câmara dos Deputados: a Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia  - Cindra.  Nesta segunda, 27, participou de entrevistas em vários órgãos de imprensa como a TV Sergipe (na foto com o jornalista Lyderwan Santos), TV Atalaia e Rede Ilha. O objetivo era mostrar aos sergipanos o que pretende realizar a frente da influente comissão - que trata dos problemas regionais do Brasil, um país com dimensões continentais, realidades diferentes e imensas desigualdades. Logo no início, agradeceu ao partido PSB e aos seus pares pela confiança representada pela unanimidade dos votos com os quais foi eleito.  

 

 

Plano Nacional de Desenvolvimento Regional

Pretende elaborar, até o final deste ano. O Plano Nacional de Desenvolvimento Regional, que deverá ser entregue ao Governo Federal, será prioridade de sua gestão. Para tanto, pretende fazer seminários regionais por todo o país, levando a comissão e seus parlamentares para mais perto da população, colher suas ideias e, a partir delas, gerar boas proposituras que venham a contribuir para diminuir as grandes desigualdades regionais que existe no Brasil.

Ele informou que a agenda de trabalho será intensa e começa amanhã com reuniões durante todo o dia, audiência com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, com a presidente da Codevasf, Kênia Régia Anasenko Marcelino, o diretor geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Ângelo José de Negreiros Guerra e com a assessoria técnica de seu gabinete para agendar audiências públicas para ouvir os diversos setores da sociedade, com vistas a construir um plano com uma ampla base de apoio social.

 

A importância da Presidência de uma Comissão Permanente

Segundo o deputado, são três as funções de relevância na Câmara Federal: ser membro da Mesa Diretora, líder de bancada e presidente de Comissão Permanente. Valadares Filho ressaltou que dos 513 parlamentares, só 25 são presidentes de comissões. Essa posição dá ao parlamentar uma influência muito maior no exercício de sua função na Esplanada.

Como presidente da Cindra, crescerá sua influência junto ao Ministério da Integração, com quem manterá um diálogo permanente para ajudar Sergipe e o Brasil a resolver seus problemas sociais, principalmente para desenvolver projetos que gerem empregos e permitam que se tenha um país mais justo.

Especificamente para Sergipe, disse que através das emendas de comissões - os recursos volumosos trarão investimentos que contribuem, verdadeiramente, com o desenvolvimento das diversas regiões do Estado, inclusive no combate à seca, com a presença de mais carros pipas e poços artesianos. Essas ações podem ser realizadas em curto e médio prazos.

 

Sobre a Seca

Segundo ele, sem um plano de longo prazo, o combate à seca será sempre feito com ações pontuais. “Existe um calendário das secas. Todos sabem que, no ano quem vem, salvo exceções, a seca continuará presente. Sempre foi assim. Por isso, é preciso ter planejamento, estabelecer um cronograma de ações. Isso estará presente no nosso Plano Nacional de Desenvolvimento Regional.”

Referindo-se às ações do Governo do Estado: “Hoje nós não temos a presença do Estado na região sertaneja, justo quando estamos vivenciando a maior seca dos últimos 50 anos. Não existe planejamento e se passa o tempo todo pondo a culpa no Governo Federal que, eu também acho, poderia estar dando uma contribuição maior. Mas eu pergunto: qual foi o dia em que o governo estadual se mudou para o sertão e promoveu ações efetivas para solucionar esse flagelo? Não existe esse dia”.

 

Sobre os problemas de Aracaju

Indagado sobre os problemas da capital, ele voltou a repetir uma frase que tem dito sempre: a administração de Edvaldo Nogueira é uma frustação anunciada. “Tudo que esta acontecendo nesse início de governo, era tudo aquilo que a gente dizia durante a campanha. Ele não lidera, não tem apetite para administrar, foge dos problemas e nas crises, ele mergulha.” Segundo Valadares “se o prefeito não resolve a questão da limpeza pública, que é um serviço básico, o que ele vai resolver?”.

Na questão da greve dos médicos, o deputado lembrou que nas últimas três/quatro gestões nunca houve uma greve que começasse no primeiro mês de governo e isso, agora, é tratado como coisa normal. Ele lembrou que na campanha Edvaldo dizia que ele era quem sabia tratar com os sindicados e com os servidores públicos, porque tinha experiência.

"Não existe diálogo com esses setores". Ressaltou que o presidente do Sindicato dos Médicos falou que chega a ser até uma falta de respeito o que está acontecendo. “É preciso chamar pra conversar. Vá ao Sindicato, tenha a humildade que um líder ter para resolver os problemas, buscar consensos e achar soluções”. .

Por fim, se referiu "estelionato eleitoral" sobre as questões envolvendo o IPTU e os salários dos servidores. “Aracaju está sem um líder administrativo para enfrentar os problemas da cidade. Um líder que convoque entrevistas coletivas e vá às ruas e aos bairros para dialogar com os cidadãos”. E, ao ser perguntado sobre o futuro, foi enfático: “O sonho de governar Aracaju ainda está muito forte em meu coração”.